quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mapa turístico de Teresópolis

Não conhece Teresópolis?
Com um mapa é mais fácil!
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Bem vindo a Teresópolis!
A capital do montanhismo brasileiro!



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Parnaso - Um pouco da História


As primeiras trilhas e ocupação da região


    O Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi criado em 1939, sendo o terceiro parque mais antigo do Brasil. Mas a sua história começa muito antes. Conta-se que o nome Serra dos Órgãos foi dado pelos portugueses que, admirados com aquela curiosa formação montanhosa que viam ao apontar a Baía de Guanabara, a compararam aos tubos de um órgão, presente na maioria das catedrais européias. O primeiro mapa conhecido que registra o nome remonta ao século XVI, praduzido por Diogo Homem em 1558.

(Clique na imagem para ampliá-la)
    
      Naquela época, a parte da Serra dos Mar Fluminense era habitada pelos índios Guaranis e Coroados (ou Kaigang - grifo nosso). Os portugueses não ousavam enfrentar os inclinados paredões da serra, com mais de 1km de mata fechada.

Índio Guarani

            Índio Coroado

    Após percorrer mais de dez mil quilômetros por todo o Brasil, o alemão Phillipp Von Martius, considerado o patriarca da botânica brasileira, deixou registrado seu encanto pela Serra dos Órgãos: "Embora eu tenha visto em outras partes do Brasil muitas e variadas florestas primitivas, nenhum me pareceu mais bela e mais amena do que aquelas que, perto da cidade do Rio de Janeiro e recobrindo as encostas dos montes que recebem o nome de Serra do Mar [Serra dos Órgãos], se estendem por boa parte desta província de São Sebastião. Estas florestas me agradaram muito mais do que outras e ficaram sempre gravadas no meu espírito, não só porque fossem primitivas e, com isso, um presente para meu olhos espantados, mas na verdade porque excedem em beleza e suavidade."

Os pioneiros do Montanhismo


    Em abril de 1912 cinco jovens brasileiros resolvem subir o Dedo de Deus. Os pioneiros mal sabiam o que era o montanhismo, mas esse fato não os impediu de levarem a pátria no pensamento e a bandeira do Brasil até o cume do grande monolito que se transformou num símbolo do montanhismo nacional, o Dedo de Deus. (Sinopse do filme: Caminho Teixeira - 28/09/2009).



    O Fascínio causado pelas altas montanhas da serra nos excursionistas, que começaram a se organizar no início do século XX, também teve seu papel na Criação do PARNASO. O primeiro registro conhecido de exploração das montanhas da Serra dos Órgãos é a expedição do botânico escocês George Gardner à Pedra do Sino (há quem diga que seu nome original seja "Cimo", que quer dizer, cume, ponto mais alto), em 11 abril de 1841. 


    Outro fato marcante é a conquista do Dedo de Deus, considerada o marco inicial da escalada no Brasil (e não é atoa que a Teresópolis é a capital do montanhismo brasileiro). Após tentativas frustradas de equipes européias, o Dedo de Deus ficou conhecido como a "montanha impossível de ser subida". A conquista do cume por cinco moradores de Teresópolis em 8 de abril de 1912, foi comemorada como um grande feito pratriótico. Os conquistadores (José Teixeira Guimarães, Raul Carneiro e os irmãos Alexandre, Américo e Acácio de Oliveira) utilizaram técnicas rudimentares e não possuíam qualquer preparo específico. Tal feito somente foi repetido em 1931. O Dedo de Deus ainda registra um fato marcante e trágico. Em 15 de novembro de 1933, o montanhista Antenor Villela Bastos aparentemente escorregou de um platô na descida do cume, sendo esta a primeira morte registrada em esportes de aventura no país.


    O Parque Nacional Serra dos Órgãos, foi criado em 30 de novembro de 1939, sendo assinado o Decreto-Lei nº 1.822.
    Até 1960, quando a capital do país foi transferida para Brasília, o PARNASO era um cartão de visitas do Governo brasileiro, recebendo freqüentemente a visita de embaixadores, ministros de Estado e diversos presidentes da República.
    Em 2008, o Parque foi ampliado e quase dobrou de tamanho, incorporando áreas em Petrópolis, como o Caminho do Ouro e matas do Morin e Caxambu; em Magé, como Pico do Itacolomi; além de florestas em Guapimirim e a Teresópolis.

    Hoje o PARNASO conta com mais de 20 mil hectares sob a gestão da ICMBio. com altitudes que variam de 100 metros até 2.263 metros, onde se encontra seu ponto culminante, a Pedra do Sino. Localiza-se na parte de mais altas vertentes da Serra do Mar, que formada em épocas geológicas muitíssimo antigas, as rochas sofreram na região movimentos mais recentes, o que resultou no imenso paredão que acompanha a planíce costeira em direção ao Rio de Janeiro.
    Neste paredão, bem ao alto, encontramos o Dedo de Deus, bloco rochoso de 1.692 metros em forma de uma mão fechada com o indicador erguido, onde em dias claros se pode avistar a cidade do Rio de Janeiro. Outros momumentos geológicos importantes são o Garrafão, com 1.980 metros, a Pedra da Cruz, com 2.130 metros, São Pedro, com 2.234 metros, São João, com 2.100 metros e Cara de Cão com 2.180 metros. O dedo de Deus é o símbolo do montanhismo brasileiro e também do Estado do Rio de Janeiro.
    Entre altitudes de 100 e 1.500 metros, a chamada floresta montana, a vegetação atinge até 40 metros, onde encontramos espécies como o baguaçu, jequitibá, canelas e canela-santa, muito admirada por suas floradas amarelas. Já acima de 2.000 metros, a vegetação é representada principalmente por gramineas e espécies que crescem sobre os rochedos.


    
    A fauna é rica e diversificada, constituindo-se num de seus últimos redutos na região.São 462 espécies de aves, a maior riqueza registrada na Mata Atlântica; 82 espécies de mamíferos; 83 répteis e 102 anfíbios. 130 espécies ameaçadas são protegidas pelo Parque. Entre os mamíferos destacam-se o muriqui (Brachyteles arachnoides), maior primata das Américas e grandes predadores carnivoros, como o puma, ameaçado de extinção. Em 2008 pesquisadores encontraram rastros da onça pintada (Panthera onca), considerada extinta na região. Entre as aves ameaçadas estão a jacutinga e o tietê-de-coroa, ave endêmica da Serra dos Órgãos. Também podem ser vistos os araçaris, formando bonito contraste com a vegetação. Um cuidado que se deve ter é com as cobras venenosas, como a jararaca e jaracuçu, que camufladas se deslocam pelas folhas em busca de presas desprevenidas.




    Além da beleza e da importância da conservação de suas espécies, o Parnaso é um dos melhores locais do país para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada, rapel e outros. A travessia Petrópolis-Teresópolis, com 30 km de caminhada pesada pelo alto das montanhas, é considerada a caminhada de longo curso mais bonita do Brasil.

    A 90 quilometros do Rio de Janeiro, ou menos de duas horas por rodovia, o parque recebe o ano todo grande número de visitantes. Seu acesso principal é pela rodovia BR 116 Rio-Teresópolis.





Trecho extraído do livro Parque Nacional da Serra dos Órgãos de Waldyr Neto e Ernesto Viveiros de Castro (Páginas: 15,16 . 1ª edição - 2009; Petrópolis - RJ)
http://www4.icmbio.gov.br/parnaso/

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Teresópolis: História e Turismo

"Sub Digitum Dei"
(Latim: "Sob o Dedo de Deus")

Teresópolis: um pouco de história e turismo

   Verde. Tons variados e subtons de verde, envolvem a cidade de Teresópolis. No topo da Serra dos Órgãos, a paisagem é, também, a forma das montanhas e picos conhecidos mundo afora. Como o Dedo de Deus, marco do alpinismo. Ou a Pedra do Sino, porto seguro de quem não escala, mas também não abre mão de caminhar para chegar às nuvens.
   No entorno da cidade decoram a paisagem, de Mata Atlântica, árvores e flores de todas as cores. E uma fauna rica, ainda não totalmente identificada e pouco estudada, pode ser percebida numa simples incursão ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
   A geografia de Teresópolis é, também, uma consequência da História. O município aconteceu porque, por aqui, descia no rumo da Baía de Guanabara, parte dos carregamentos do comércio colonial: ouro das Minas para Portugal e Inglaterra.

Pedra da Tartaruga

   E há quem diga que o próprio alferes, Joaquim José da Silva Xavier, escolheu uma estalagem – desaparecida quando da implantação da Rio-Bahia - para passar algumas noites. Eram tempos de conspiração nas Gerais e Tiradentes passava pelas terras de Teresópolis para ter contato com os conjurados da cidade do Rio de Janeiro.  
   A cidade, contam os historiadores, homenageia a Imperatriz Teresa Cristina, casada durante muitos anos com D. Pedro II. É provável que a família imperial tenha se encantado com as belezas naturais e o clima da serra e, em terras de Teresópolis, tenha desfrutado de períodos de férias.
 
   Mas as origens da cidade são mais recentes. Datam da primeira metade do século XIX. Embora a primeira descrição oficial tenha sido feita em 1788, por  Baltazar da Silva Lisboa - que em seu relato descrevia a serra e também a Cascata do Imbuí - foi a partir de 1821 que a região começou a ser ocupada. Nessa época, o português de origem inglesa George March adquiriu uma grande gleba e transformou-a em fazenda modelo.


Grampo (Pedra da Tartaruga)

   A fazenda ficava onde está, atualmente, o Bairro do Alto e era chamada de Santo Antônio do Paquequer ou, talvez, Sant´Ana do Paquequer. Assim, esse  primeiro povoado se formou, ao longo do caminho que ligava a Corte à província das Gerais. Foi o início do desenvolvimento da agricultura, da pecuária e do veraneio da região.
   O crescimento do pequeno núcleo se verificou no sentido norte-sul, época em que comerciantes vinham de Minas Gerais em direção ao Porto da Estrela, nos fundos da Baía de  Guanabara, passando antes por terras de Petrópolis. Teresópolis era, então, um ponto estratégico de repouso. Só mais tarde é que o fluxo foi alterado para o sentido sul-norte, com a ferrovia que ligava a cidade ao Rio de Janeiro.
Lentamente, o povoado foi se desenvolvendo, passando à categoria de freguesia - Freguesia de Santo Antônio do Paquequer - em 1855. Somente em 06 de julho de 1891, através do decreto de nº 280, do então Governador Francisco Portela, a freguesia é alçada à condição de município, passando a denominar-se Teresópolis, devidamente desmembrada do município de Magé.
   Daquela época até os dias atuais, a cidade continua atraindo milhares de visitantes e até mesmo novos moradores que, como a família imperial, vêm em busca do clima privilegiado, da natureza exuberante, da beleza de sua paisagem, da tranquilidade, além de outros atrativos naturais e culturais.




Estado que Pertence: Rio de Janeiro
 
Data de Fundação: 6 de julho de 1891.
 
Gentílico: teresopolitano
 
População: 150.921
 
Área (em km²): 771
 
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 196
 
Altitude (em metros): 871


 

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 1.111.813.000,00 (2006)
 
Renda Per Capita*:R$ 7.564,00 (2003)
 
Principais Atividades Econômicas: turismo, indústria, comércio e agricultura.


GEOGRAFIA 

Índice Pluviomético: média de
900 mm por ano 
Temperatura média anual: 20º C
 
Clima: tropical de altitude


texto extraído de: <http://www.teresopolis.rj.gov.br/> acessado em: 01 de julho de 2010